Kiko Shred é um guitarrista brasileiro com alta dose técnica, o que tem se refletido nos álbuns que lançou ao longo de sua carreira solo: Riding the Storm (2015), The Stride (2018) e Royal Art (2019).
Além de seus álbuns, ele teve a oportunidade de tocar para grandes intérpretes do gênero como Tim «Ripper» Owens, Michael Vescera e Leather Leone, o que o levou a fazer turnês por diversos pontos da América Latina.
Agora ele apresenta seu novo projeto: Kiko Shred’s Rebellion e seu álbum de estreia autointitulado: REBELLION, com o qual ele espera finalmente entrar no mercado europeu. É por isso que entramos em contato com ele para nos contar sobre esse lançamento que será lançado em 30 de julho através da Pure Steel Records.
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Como foi seu começo na guitarra e na música em geral?
Kiko Shred (KS): Comecei a estudar música muito jovem, com 5 anos comecei em aula de piano, depois passei para teclado e aos 10 anos comecei com aulas de guitarra . Desde então eu sigo me aperfeiçoando, estudando, compondo, gravando e tocando ao vivo.
Muitos músicos se contentam em tocar um pouquinho. O que te motivou a elevar
seu nível técnico para tocar shred?
KS: No início dos anos 90 este estilo estava em alta, guitarristas como Steve Vai, Satriani e Malmsteen estavam em evidência no Brasil, e quando eu tive contato com a música desses guitarristas, me encantei e decidi que seguiria esse estilo!
Atualmente, você pratica o mesmo número de horas de antes ou não pratica mais
tanto?
KS: Sempre que tenho a oportunidade eu passo horas estudando, é claro que quando eu comecei, não tinha tantas ocupações como hoje, então podia tocar 10 horas por dia… Hoje eu tenho os assuntos da minha carreira, meu lançamento, alunos e também trabalho na divulgação do meu curso de guitarra online. Inclusive, convido os guitarristas Mexicanos para conhecer o curso: https://kikoshred.com.
Eu tenho uma pergunta, foi você quem cantou nos álbuns Riding the Storm e The Stride? Se sim, por que você parou?
KS: Não, não, no Riding the Storm foi David Petrolini, no The Stride, Sergio Faga. Quem me dera cantar como eles… hahaha.
Em que aspectos você considera que evoluiu composicionalmente falando desde os dias de Riding the Storm até agora que você apresenta Rebellion?
KS: Evolui muito na experiência, na capacidade de passar o som que eu imagino, que tenho em mente, para a gravação. É muito diferente, pensar em cada instrumento, em 3 ou 4 faixas de guitarra diferentes, onde cada uma vai soar, caixa direita, esquerda, central, timbre, efeitos, volume, tudo isso. Naturalmente aprendi com a experiência.
Por que você decidiu apresentar este novo álbum como “Kiko Shred’s Rebellion” e não simplesmente como “Kiko Shred” como seus álbuns anteriores?
KS: Porque queríamos que se apresentasse mais como um grupo do que como um artista solo. O Kiko Shred’s Rebellion é o único que tem mais músicas cantadas que instrumentais, é um trabalho que está alcançando mais fãs, e esse era nosso objetivo.
Por que você decidiu usar a palavra «Rebelião», ou seja, contra o que você está se rebelando ou o que é rebelião de Kiko Shred, é uma rebelião musical ou é uma rebelião discursiva?
KS: Motivos pra se rebelar não faltam no meu país. A situação está muito crítica. Já era crítica antes da pandemia, agora se agravou ainda mais. Estamos perdendo entes queridos de todas as idades. Lembrando que os impostos brasileiros são altíssimos e deveríamos ter mais estrutura pra lidar com a pandemia. Eu não vou fazer nenhum ato de protesto, não sou militante de nenhum partido político ou grupo de cunho político mas é inevitável que esse descontentamento não seja impresso na música.
Quando você começou a trabalhar no álbum Rebelion; Você pegou o material de antes ou são todas composições novas?
KS: São todas composições novas, compus tudo ao retornar da minha turnê Mexicana de 2020, cheguei ao Brasil no começo de março e já comecei a compor.
Eu entendo que você toca com Will Costa e Lucas Tagliari há muitos anos, o quão importante foi para você manter essa relação musical com eles e o quão importante eles foram na definição do som deste álbum?
KS: São meus amigos de longa data, já tocamos juntos do México à Patagônia, toda America Latina! São excelentes músicos, são geniais! Já fazem parte do meu som.
O que chamou sua atenção sobre Ed Gadlin para convidá-lo para cantar neste álbum?
KS: Ed é muito prático, fácil de lidar. Bom produtor também e estuda música, conhece harmonia musical, entende de acordes, de teoria musical e isso ajudou muito para trabalharmos à distância na gravação do disco, além de ter uma voz excelente para o estilo!
Como você conseguiu Doggie White no álbum; você nunca pensou em convidá-lo para cantar no álbum inteiro?
KS: Nós tocamos com Doogie em 2018 no projeto «Metal Singers», eu, Will e Lucas acompanhamos Andre Matos, Blaze Bayley, Udo Dirkschnider e Doogie White neste projeto que reunia os 4 vocalistas, ficamos amigos e Doogie aceitou cantar uma faixa numa boa! Seria uma ótima ideia ter um disco todo com Doogie um dia.
Como está a situação atual do Brasil em relação aos shows; você acha que pode apresentar este álbum ao vivo a médio prazo?
KS: Fizemos um show de lançamento na famosa casa de shows «Manifesto bar» em São Paulo – S.P. em janeiro, quando a pandemia pareceu dar uma acalmada, o show contou com participações especiais, como Yohan Kisser (filho de Andreas Kisser do Sepultura), da banda Sioux 66, Kisser Clan e também Fabiano Carelli (da banda Capital Inicial).
Infelizmente neste show de lançamento eu tive que substituir o Ed Galdin porque o mesmo estava enfermo. Na ocasião chamei Flávio Souza, vocalista que fez um excelente trabalho.
Quais são seus planos para o resto do ano; você ainda está compondo?
KS: Sempre sigo compondo, meus planos são divulgar ao máximo o disco Rebellion, entrar no mercado europeu, algo que sempre busquei, e também me dedicar ao meu curso e aos meus alunos.
Parabéns por este álbum, alguma palavra final para os leitores?
KS: Muito obrigado pela oportunidade de falar com os fãs Mexicanos! Adoro seu país e gostaria muito de voltar ao México, participar de um festival e visitar Teotihuacan novamente! México és gran! ¡Saludos cordiales!
Alinhamento Kiko Shred’s Rebellion
- Ed Gadlin – Voz
- Kiko Shred –Guitarra
- Will Costa – Bajo
- Lucas Tagliari – Batería
Canciones de Rebellion
- INTRO
- MIRROR
- RAINBOW AFTER THE STORM
- REBELLION
- THORN ACROSS MY HEART (FEAT. DOOGIE WHITE)
- MORS NON SEPARABIT
- HONOUR TO THE FALLEN BROTHERS
- THE HIEROPHANT
- VOODOO QUEEN
- INFORMATION WAR
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