CASTELLICA, entrevista sobre seu álbum de estreia: Moment of Glory

Castellica Moment of Glory

Castellica Moment of Glory

CASTELLICA é uma banda de Heavy / Power Metal de Paraguaçu Paulista, Brasil. Ela nasceu em 2011 e, embora tenha permanecido ativa em seus primeiros anos, foi apenas no início de fevereiro que lançou seu primeiro álbum: Moment of Glory (2021).

A obra oferece dez cortes que combinam perfeitamente os elementos de Heavy e Power, como guitarras harmonizadas, refrões cativantes e ótimos riffs.

Entramos em contato com Thiago Colavite, vocalista do grupo, para nos contar como o grupo foi criado, quais dificuldades eles tiveram que superar para lançar seu álbum de estreia e quais são os planos para o futuro. Isso é o que ele nos disse.


Entrevista com Castellica sobre sua estreia: Momento de Glória

Como a banda começou e por que vocês decidiram se chamar assim?

Thiago Colavite (TC): A banda surgiu na cidade de Paraguaçu Paulista, no estado de São Paulo em 2011.

Eu e meus dois sobrinhos, Danilo e Lucas Colavite pertencemos a uma família muito envolvida na música, com maestros, músicos em quase todas as gerações, por isso a música sempre estava presente em nosso desenvolvimento e montar uma banda acabou se tornando algo natural para nós.

Gosto de dizer que começamos brincando de ter uma banda, quando éramos crianças e passamos a trabalhar como uma banda.

O nome Castellica foi criado pelo Danilo Colavite e era um nome que estava sempre em sua mente pois remete muito ao universo medieval, castelos e nos da a impressão de um som pesado envolvido, talvez pela similaridade da sonoridade da palavra com “Metallica”.

Nós sempre fomos muito fãs de história e desse universo medieval então acabou que ficou muito legal juntar esse amor com a nossa sonoridade e com o nome.

O que a banda fez entre 2011 e 2020, por que eles mal lançaram seu álbum de estreia?

TC: No início da Castellica nosso intuito foi tocar músicas covers das bandas que eram referência para nós, como Saxon, Iron Maiden, Manowar, Accept, entre outras, mas não demorou muito para sentirmos a necessidade de colocar em prática nossas ideias e isso foi um processo natural.

Em 2012, mais ou menos, meu irmão Marcello Colavite nos trouxe uma letra pronta que ele havia escrito e decidimos terminar a canção, criando a música, melodia vocal e etc, foi ai que surgiu a canção “Warriors”, nossa primeira canção e logo em seguida surgiu a “Holy Knight”, também em 2012.

Essas canções eram executadas em nossos shows desde então, por isso, quem nos acompanha desde o começo já as conhecia.

E assim fomos levando, com muitos shows, tocando sempre, fizemos shows com bandas que representam muito o cenário brasileiro, como Sepultura, Nervosa, Luis Mariutti do Angra e Shaman, porém após algumas mudanças na formação e muitos shows acabamos desanimados e a banda estava quase encerrando as atividades.

Nós demoramos muito a gravar um disco devido a dificuldade em achar bons estúdios em nossa região e por estarmos longe dos grandes centros. Paraguaçu fica a quase 500 km de São Paulo o que acaba deixando a gravação bem mais cara e ficávamos adiando, justamente pelos custos.

Até que recebemos um contato do nosso produtor Douglas das Neves para gravarmos o disco e isso agitou novamente as coisas e nos fez correr atrás dos nossos sonhos.

A formação atual da banda é a mesma que começou há dez anos ou como os membros atuais se juntaram?

TC: Não é a mesma formação, houveram mudanças durante esse período. O Cláudio Caldeirão (baterista) entrou para a banda bem no começo, em 2012, então participou bastante do processo todo.

Conhecíamos o Claudio há muitos anos, nossas famílias são amigas e já tive banda com o irmão dele Murillo Caldeirão, então já era alguém que tínhamos em mente para ocupar a vaga assim que ela foi aberta e por ser um amigo o entrosamento e o excelente convívio foi algo bem natural e espontâneo.

Já o Marco entrou na banda em 2016, mas também já era amigo nosso, eu e ele realizávamos alguns eventos de Metal aqui em nossa cidade então de certa forma também foi uma escolha natural e acertada.

Quando você começou a trabalhar nas músicas do álbum Moment of Glory?

TC: A primeira canção que trabalhamos foi “Warriors” em 2012, a letra é do meu irmão Marcello Colavite e foi a que abriu as portas para as músicas autorais, depois fizemos a “Holy Knight” e paramos por um bom tempo de concluir canções.

Lógico que ideias sempre chegavam, riffs, letras, músicas até completas, mas que não foram para frente. O processo de composição das demais canções veio mesmo depois do contato do nosso produtor, Douglas das Neves em 2018, foi nesse momento que corremos para fazer mais 8 canções e assim fechar o primeiro disco.

Felizmente o processo de composição não foi difícil, pois tínhamos muitos riffs prontos, ideias já desenhadas e fomos apenas trazendo de volta esse material, descartando aquilo que não gostávamos, aperfeiçoando o que era bacana e lógico, criando muita coisa nova.

Composição é um processo incrível de muita aprendizagem então temos muito o que aprender ainda, mas gostamos demais do resultado.

Você tem mais músicas além das 10 que ouvimos neste álbum ou é todo o material que você conseguiu compor e gravar?

TC: Temos muitas ideias, coisas que não aproveitamos em “Moment of Glory” e que na verdade não sabemos ainda se irão se tornar canções futuramente.

Mas o processo criativo não parou depois da composição do álbum, então o que podemos dizer é que já estamos sim trabalhando em novos materiais.

Como foi o processo de gravação do álbum; você foi para um estúdio ou foi um trabalho de produção própria?

TC: O processo foi um pouco demorado por conta da distância que estávamos do estúdio Fusão, que fica em Cotia, próximo a São Paulo e também por conta das nossas agendas, trabalhos, faculdade e etc.

Então começamos o processo de pré produção em 2018, criávamos tudo em nossa cidade e mandávamos por whatsapp para o nosso produtor, assim ele já iria alterando algumas coisas, sugerindo mudanças e também já ficava por dentro de toda estrutura das canções, o que na minha opinião é o mais importante.

A nossa primeira ida ao estúdio aconteceu em Maio de 2019 e foi nesse momento que começamos de fato a gravar o disco. O Estúdio que gravamos foi o Fusão, um dos maiores e mais completos do Brasil, já gravou grandes nomes do Metal nacional e mundial como Noturnall, Shaman, Angra, Tarja Turunen, Edu Falaschi e muitos outros e por serem especializados no Metal foi a melhor escolha que poderíamos ter feito naquele momento.

O processo todo se encerrou em maio de 2020 então pegamos o começo da pandemia e por isso atrasou um pouco mais para concluir a gravação.

Cómo contactaron con Thiago Bianchi y cómo ayudó en la realización de este álbum?

TC: Na verdade o nosso contato foi com o Douglas das Neves que produziu o disco. Todo o processo de gravação foi desenvolvido com o Douglas que se tornou um grande amigo.

Conhecemos o Thiago Bianchi dentro do próprio Estúdio Fusão, que ele é o proprietário, por isso conheceu o nosso trabalho, em uma dessas viagens para gravações ele nos convidou para fazer alguns shows da turnê com a Noturnall, Mike Portnoy e Edu Falaschi e acabamos virando amigos.

Foi ai que ele participou da Mix e da Master do nosso disco, dando os toques finais na produção. O Thiago é uma verdadeira escola de como fazer Metal e aprendemos muito com ele.

De onde vem a intenção de escrever canções de louvor ou religiosas?

TC: Na realidade não escrevemos canções religiosas ou de louvor, o que fazemos é retratar a história, e nesse primeiro disco falamos das cruzadas, período medieval, que envolvia muito a religião como justificativa para os contextos históricos.

Por isso usamos muito esse lado. Mas não somos uma banda que compõe músicas religiosas, neste disco falamos muito sobre como os Reis e governantes usavam a religião como justificativa para guerras e combates, usando sempre a religiosidade das pessoas como uma forma de manipulação para que se sacrificassem em nome de Deus.

Como foi a experiência de gravar o vídeo Holy Knight, onde foi gravado por que você escolheu essa música?

TC: Holy Knight é uma canção que gostamos muito, ela tem uma fórmula que ao vivo funciona muito bem, com várias repetições do refrão e isso faz com que as pessoas gravem a música bem rápido e isso foi determinante para a escolha da canção.

Nós gravamos com um grande amigo nosso, Michael Hippler que também gravou o clipe da Warriors. Escolhemos um frigorífico abandonado na cidade de Maracaí, bem próximo da cidade onde moramos.

Havia chovido no dia anterior então o lugar estava alagado, um caos e isso favoreceu ainda mais o visual do clipe. Ficamos felizes demais com resultado.

Quanto ao vídeo do Warriors, quão diferente foi a experiência de filmar esse vídeo em comparação com o primeiro e por que você escolheu essa música?

TC: Warriors foi escolhida por uma questão sentimental, por ter sido a primeira canção que a banda desenvolveu e também por ser bem diferente da Holy Knight, ela parece mais progressiva e menos power metal tradicional, isso foi determinante também pra escolha.

Gravamos no teatro “Lucila Nascimento” em nossa cidade Paraguaçu Paulista, no mesmo dia em que filmamos Holy Knight. Gravamos os dois clipes em questão de horas, foi desafiador.

E o visual deste vídeo foi uma indicação do diretor Michael Hippler que nos trouxe algumas referências e curtimos demais o formato, um ambiente mais escuro e com algumas luzes cênicas.

Esse vídeo foi bem mais tranquilo de filmar que o anterior. Gostamos muito do resultado e ficou bem diferente um do outro e essa realmente era nossa intenção. Os vídeos foram muito bem recebidos pelo público e isso nos surpreendeu demais, ficamos felizes.

Você prepara um novo vídeo para continuar promovendo o álbum?

TC: Sim, nós temos mais material para gravar e posso adiantar que já temos mais um vídeo pronto que lançaremos em breve. O audiovisual hoje é determinante para o sucesso de uma canção.

Todo mundo consome demais YouTube e outras mídias visuais, achamos que esse é o caminho, com certeza vem muita coisa por ai, principalmente em nosso canal no YouTube, se inscrevam lá.

O álbum é apenas em formato digital ou haverá cópias físicas dele?

TC: Agora em abril vamos abrir a pré venda do disco físico também, acho que é um sonho ver o material físico nas mãos e queremos muito isso, a materialização de fato do sonho.

No começo de abril nossa loja estará disponível para compras, não apenas do disco físico como camisetas, canecas e muitas outras coisas que estamos preparando.

Agora que você lançou seu álbum, qual é o objetivo da banda; o que você gostaria de alcançar com sua música?

TC: Nosso objetivo é tocar, infelizmente a pandemia atrasou demais esse plano, então estamos trabalhando muito em materiais, tanto composições para um próximo disco, como material visual para alimentar redes sociais, site e etc.

Um grande desejo da banda sempre foi conseguir viver exclusivamente da nossa música, isso, sabemos que atualmente é muito difícil, mas é algo que estamos batalhando para conseguir.

E sem dúvida ver nossa canção sendo divulgada no mundo todo nos deixa motivados demais, estamos colhendo muitos frutos já desse reconhecimento, o disco foi muito bem recebido pela Europa, Asia, Oceania, América do Norte e principalmente por todos os países da América do Sul que é nossa casa, então isso nos fortalece ainda mais e nos deixa preparados para quando todo esse período difícil passar possamos sair tocando nosso show em todos os lugares do Brasil e do Mundo. Com todos vacinados e seguros.

Muito obrigado pelo seu tempo e parabéns por este novo trabalho, há algo que você gostaria de acrescentar ou alguma palavra final para os leitores?

TC: Nós que agradecemos demais o espaço para divulgar nosso trabalho, o contato e o carinho de vocês com a banda. Vocês da mídia / imprensa são determinantes para o sucesso de um disco, de um artista e gostamos muito de falar com vocês, muito obrigado mesmo por esse espaço e estamos sempre a disposição de vocês.

Gostaria de agradecer a todos vocês do México que acompanham a banda e temos um grande sonho de tocar ai em breve, curtindo com vocês o bom o velho heavy metal.

Sigam a Castellica em nossas redes sociais, site, ouçam as nossas canções que estão disponíveis em todas as plataformas de streaming isso faz toda a diferença para nós. Muito obrigado.


Lista de músicas do Moment of Glory

  1. Holy Knight (05:34)
  2. Nightcrawlers (05:40)
  3. Game of Life (06:41)
  4. Rise and Shine (04:51)
  5. Moment of Glory (05:27)
  6. Forgotten Heroes (06:15)
  7. Ages of War (04:45)
  8. Warriors (06:10)
  9. Winter Tale (05:42)
  10. For the King (07:14)

Alinhamento de Castellica

  • Marco Dower – Bajo
  • Cláudio Caldeirão – Batería
  • Danilo Colavite – Guitarra
  • Lucas Colavite – Guitarra
  • Thiago Colavite – Voz

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